Issey Miyake ganhou o prêmio de moda do Design Museum de Londres. A coleção de Miyake, batizada de 132,5 disputou com o vestido desenhado pela Sarah Burton da Casa McQueen para Kate Middleton, hoje Duquesa de Cambridge, com o trabalho da Mary Katrantzou do Inverno 2011, uma coleção inspirada em vasos Ming e ovos Fabergé, com o interior do Late Night Cafe Chameleon e com a direção criativa da Phoebe Philo para a coleção de 2011 da Chloé.

Bateu todos eles com estes vestidos que partem do origami e nos quais ele empregou material reciclado. Os vestidos são peças que se transformam a partir de duas dimensões em formas tridimensionais geométricas e estruturadas, passíveis de serem dobradas com perfeição. Miyake concretizou a coleção através de um algoritmo matemático em três etapas, usando desenhos feitos em papel e auxiliado pelo cientista da computação Jun Mitani. Miyake, que sempre usou a tradição japonesa como forma de chegar à ultramodernidade, também colaborou com Reality Lab, sua equipe de pesquisa e desenvolvimento para realizar a coleção.

O trabalho é impressionante e o prêmio merecido, mas a questão da sustentabilidade pesou na escolha. Myiake integra um movimento que inclui Giorgio Armani, Paul Smith, Stella McCartney e Alber Elbaz, entre outros, que também adotaram o uso de materiais sustentáveis.