Não temos tempo para esperar
Uma das características dos tempos atuais é que o que queremos, queremos agora, não temos tempo para esperar. A velocidade em que as coisas ocorrem no mundo não permite que desperdicemos nossos tão valiosos minutos.
A rápida evolução da tecnologia e da transmissão da informação nos últimos cem anos é uma boa base para analisar a situação. Exemplo: no início do século XX, o telefone e as cartas eram a principal forma de comunicação e, os jornais, de informação. Depois vieram a TV e o telefone celular e, com a ajuda da internet, a maneira com que lidamos com a espera do que desejamos ou precisamos mudou radicalmente.
O tempo tornou-se um bem de enorme valor e encurtar o tempo de espera por qualquer coisa, incluindo produtos e serviços tornou-se a uma das questões atuais.
Entretanto, quando não há maneiras de evitar a espera, as empresas têm adotado ações para tornar este tempo mais agradável.
Vale citar uma curiosa pesquisa feita no Canadá que mostra que apesar das pessoas não gostarem de esperar, a simples presença de dicas visuais no local, mesmo que desassociadas da tarefa que estamos para realizar, é suficiente para uma mudança de atitude.
Dados mostram que as filas de caixas automáticos de bancos no Canadá têm, em média, entre 3 e 9 pessoas, que esperam entre 5 e 10 minutos para usar a máquina. E que em torno de 20 a 25% abandona a fila, boa parte deles nos primeiros 3 minutos. Com a simples inserção de postes-guias na fila, ou mesmo tapetes, que chegavam até a sexta ou sétima pessoa esperando, no entanto, os cientistas viram a taxa de abandono cair de 26% para 14%. Outra curiosidade é que, independente da distância que estavam do caixa os sujeitos que pisavam no tapete ou passavam do primeiro poste-guia automaticamente pegavam a carteira ou tiravam o cartão do bolso, preparando-se para começar a tarefa – mesmo que ainda houvesse sete pessoas na sua frente.
Outra curiosidade é que o uso de rádios particulares em locais de espera, com programaçao customizada para o cliente, tem crescido muito no Brasil nos últimos anos. Entre os adeptos estão consultórios médicos e dentistas que aderem ao recurso para criar um clima mais agradável na sala de espera.
A revista Billboard, que é especializada em música, promoveu uma ação para quem ligava para a revista e precisava ficar na espera. A publicação enviou aos seus assinantes e a publicitários uma mala-direta que ensinava a tocar solos de músicas famosas só com os sons das teclas do telefone – os números foram transformados em notas musicais. Assim, quem precisava esperar podia se distrair com o som que estava sendo tocado.
Para atender bem, hoje, é fundamental que o tempo de espera, se não de forma real, pelo menos de forma percebida, seja reduzido.
Imagens dos sites believeinadv.com e comunicadores.com.br
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