Nature Factory
Este é outro espaço de moda em que a marca associa imagem e metros quadrados com a produção de arte contemporânea. O fenômeno é antigo. Rei Kawakubo já fez de tudo com a idéia. A Agnés B também. No topo da onda mais recente está a Denim Gallery da Diesel, que fica em Tokyo. No momento, quem esta lá é o arquiteto Makoto Tanijiri da Suppose Design, que instalou sua Nature Factory de canos de pvc nas dependências da loja-galeria.
A floresta de canos do Tanijiri não é funcional, mas lembra soluções da arquitetura de prédios ícones dos anos 70, como o Museu Beaubourg de Paris, em que toda a tubulação funcional fica exposta ao olhar do visitante, correndo solta sobre o concreto também aparente.
Há muitos projetos semelhantes, bem e mal sucedidos, espalhados por todo o mundo. A Diesel mantém outro em Nova York. Em ambos expõe apenas coleções especiais, destinadas a apresentar o melhor da marca.
Esta é outra instalação, que ocupou a galeria em 2008. O autor é o arquiteto Ayako Maruta. Ele recompõe com luzes suspensas o desenho de arcos de sustentação da arquitetura clássica. Abaixo é possível ver o mesmo espaço agora dividido com a coleção de roupas e acessórios.
Esta proximidade física é de deixar a maioria dos artistas ocidentais de cabelo em pé, mas, o fato é que a cultura japonesa absorve bem estes hibridismos e não separa como nós low e high culture, facilitando a proliferação deste tipo de espaço. Embora quase não haja trânsito no sentido inverso, para a moda, esta aproximação com a arte foi e é uma via movimentada. E uma fonte de energia vital.
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