Nils Dardel é um dos artistas mais populares da Suécia. A exposição no Moderna Museet de Estocolmo, reitera o que a apreciação sobre a pintura dele, aos olhos de hoje, já não tem dúvidas a respeito: Dardel não era apenas um dandi excêntrico e a a obra dele é uma abordagem singular de todos os tipos de relações humanas, além de um retrato vivo da era do jazz início do século 20.

A vida moderna, fugaz e efêmera do período deu origem a uma maior sensibilidade e a uma mobilidade cosmopolita e inquieta, expressa na arte modernista. A avant-garde buscava o que nunca tinha sido visto e abria caminhos para os novos “ismos”. Nils Dardel (1888-1943) não era um modernista puro. Sob alguns aspectos, as obras dele estavam em conflito com a idade moderna. Dardel tinha uma maneira antiga de usar histórias e mitos. Seu estilo é uma reminiscência de naif e simbolismo do final do século 19 e sua vida privada (ele relacionava-se com homens e mulheres) tornou-se pública de tal forma que ficou no caminho do Dardel artista.

Sobre ele, John Peter Nilsson , curador da mostra, escreveu: “A combinação muitas vezes selvagem de risos e lágrimas, de seriedade e loucura que caracteriza a arte de Dardel tem parentesco com os círculos de arte dadaístas e surrealistas em que Dardel se movia, especialmente em Paris. Em suas obras, ele apresenta sua vida privada e indivíduos modernos, independentes, em uma dramatização sobre a identidade e como ela pode ser criada e recriada. Assim como ele criou uma persona para si mesmo – o dândi democrático “.

A exposição apresenta cerca de 100 obras – incluindo vários trabalhos emblemáticos como A morte do dândi (1918), Visita a uma senhora excêntrica (1921 ), Crime de Paixão (1921) . Depois de Estocolmo vai para o Moderna Museet Malmö (a partir de fevereiro de 2015) e depois para Museu de Arte de Turku, na Finlândia (outono de 2015).

Veja por você mesmo como ele tem muito a dizer para estes nossos tempos.