O Fashion Rio e o medo de errar
Terminada a semana carioca, a lista de hits candidatos a turbinar as vendas de verão já circula por aí. Na maioria delas vão estar lá:
Tops meia taça
Vestidos, shorts e saias muito curtos
Hot pants
Decote tomara que caia
Decote falso tomara que caia sustentado por transparências
Decote V, profundo como um talho
Decote de um ombro só
A cintura bem marcada
Babados (eles não saem de cena)
Evasês
Colares e pulseiras grandes
Os tecidos transformados em jardim de flores
Feita essa lista básica, faltou anotar que o medo exagerado de errar, que é algo bem diferente do desejo de acertar, também desponta como grande tendência do Fashion Rio. Com notáveis exceções, várias coleções passaram contidas e indecisas por lá e é o caso de se perguntar o por quê. No momento, é fato que no mercado global, e não só no da moda, rola um apreço pelo passado, um cuidado estratégico em não experimentar sobre a identidade da marca. Mas, este é um quadro que poderia estimular uma revisão de clássicos e básicos feita com humor, engenho e inteligência. Desfiles de moda alimentam expectativas consideráveis. Depois que finalmente as luzes se apagam quem está ali e quem espera as imagens que sairão dali, merece algo mais que roupa cotidiana ou um desfile de idéias que já circulam como informação de moda. Sob as circunstâncias extraordinárias do que se anuncia como espetáculo, mesmo o que possa ser comercialmente eficiente decepciona esmagado pela mise en scène, e torna-se uma verdadeira batalha extrair alguma emoção do acontecimento. Imagens Fotosite. Cortesia Fashion Rio.
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