Fuller: o mundo não tem acima nem abaixo

Fuller: o mundo não tem acima nem abaixo

18 de outubro de 2011 Design, Opinião 0

 

O norte americano R. Buckminster Fuller, que foi um teórico de sistemas, engenheiro, arquiteto, futurista, designer, inventor e escritor, é o autor da frase abaixo:

 “When I’m working on a problem, I never think about beauty. I think only how to solve the problem. But when I have finished, if the solution is not beautiful, I know it is wrong.”

 Na década de 60 ele se tornou uma espécie de guru das comunidades artísticas experimentais ao projetar estruturas arquitetônicas em forma de domo geodésico, inaugurando a idéia de uma “economia poética” instalada em “estruturas vivas”.

A lista de realizações de Fuller é imensa, algumas como precursor de conceitos que só penetrariam na cultura muito tempos depois. Ele pensava em sustentabilidade muito antes dela se tornar uma questão e é dele a idéia de “fazer mais com menos” adotada pelo minimalismo. O termo e o conceito de sinergia também foram antecipados por este visionário.

Mas o que me levou a ele neste momento foi  o sistema cartográfico que ele inventou, o primeiro a permitir mostrar todos os continentes em uma superfície plana sem distorções. 

Batizado de Dymaxion Map, esta projeção do mapa mundi sobre um poliedro eliminou a noção de acima e abaixo na distribução dos continentes.

 

Não escapava a Fuller que esta convenção hierarquizava  a distribuição das culturas sobre a superfície do planeta e tinha implicações políticas e conômicas. Sabemos que o sol não gira em torno da terra graças a Galileu e há mais de 400 anos. Que nenhum país está abaixo ou depois de outro ainda é coisa a se aprender com Buckminster Fuller e outros do quilate dele.

 Fuller também desenvolveu o World Game, jogo que utiliza um mapa Dymaxion para mostrar os recursos do mundo e permitir que os jogadores desenvolvam estratégias de solução para problemas globais.  Ele desenvolveu exaustivas pesquisas sobre os recursos do planeta e sobre tendências e necessidades do ser humano só para servir como informações para o World Game. Além de brilhante, Fuller também tinha senso de humor.

 

 

 

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eduardo:

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