O mundo segundo Neri Oxman
O mundo segundo Neri Oxman é radicalmente diferente. A designer e arquiteta israelense vem propondo uma nova realidade de futuro para as cidades e os modos de vestir usando biotecnologia — e uma combinação curiosa de áreas emergentes e outras que, por vezes, nem nome tem.
Desde 2010, Oxman dirige o grupo Mediated Matter no Media Lab do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que é conhecido por produzir trabalhos profundamente interdisciplinares. No entanto, mesmo nesse contexto, sua especialidade é tão recente que foi preciso encontrar um novo termo para isso — ela a chama de “ecologia de materiais”.
Tecnicamente, Oxman utiliza design computacional combinado a elementos da arquitetura, impressão 3D, ciência dos materiais, engenharia e biologia sintética no desenvolvimento de soluções para problemas que podem ainda não existir.
Quase todo o seu trabalho contém uma beleza intocada e fractal, geralmente encontrada apenas na natureza. Oxman é uma cientista que não tem medo da estética, por isso seus projetos flertam com a moda, o design e a arte. E vão desde um pavilhão de seda — uma cúpula suspensa de fibras de seda tecida por um braço robótico, completada por 6.500 bichos-da-seda vivos — a um conceito de design para um sistema digestivo vestível que incorpora bactérias fotossintéticas e convertem a energia solar em açúcar.
Para além do tijolo e cimento ou dos tecidos, a arquiteta-designer-artista anseia construir objetos que sejam vivos. “Concreto, vidro e ferro não irão a lugar nenhum, logo mais, nossos prédios terão que respirar, suar e pensar. Nós, como designers e arquitetos do ambiente construído, estamos entrando numa era onde estamos projetando para a sobrevivência, para um tempo que não mais existirá, já a natureza pode continuar a vida dela sem nós”, disse ela em entrevista à Interview Magazine em abril de 2020.
Quer saber mais? Entre em contato com a gente!
Compartilhe a sua opinião!
Seu e-mail não ficara público. Campos requeridos estão marcados com *