O primeiro dia do Dragão Fashion Brasil 2017

O primeiro dia do Dragão Fashion Brasil 2017

25 de maio de 2017 Calendário, Moda, No Radar 0
Foto: Davi Magalhães

Foto: Davi Magalhães

A edição deste ano do Dragão Fashion Brasil começou ontem, dia 24, com uma das principais programações: o Dragão Pensando Moda. Mediado por Eduardo Motta, diretor da Radar, o primeiro bate-papo foi com Alexandre Herchcovitch, que falou sobre sua trajetória no mundo da moda e também sobre suas impressões sobre as mudanças no mercado de moda. Seu trabalho na A La Garçonne, eticamente responsável e com foco na qualidade dos produtos oferecida, também foi um dos pontos abordados nas conversas com o estilista.

Foto: Igor Cavalcante

A programação continuou com uma mesa de discussão sobre upcycling. Também mediada por Eduardo Motta, a mesa teve participação de Alexandre Herchcovitch, Marina de Luca, Diretora de Comunicação do Fashion Revolution Brasil e Gabriela Mazepa, que comanda o projeto Re-Roupa. Na mesa foi discutido o case da A La garçonne que garimpa e ressignifica roupas, a diferença entre upcycling e reciclagem e o projeto Moda Limpa de Marina de Luca, uma plataforma de incentivo e troca de experiências entre pequenos e médios produtores e fornecedores. Também o projeto Re-Roupa, de Mazepa, que produz novas peças de roupa através do upcycling de maneira sócio sustentável foi abordado.

Na sequência, deu-se a abertura oficial do evento com a presença da imprensa e autoridades, Claudio Silveira (idealizador do Dragão Festival Brasil) deu as boas vindas à imprensa e convidados. Membros do governo municipal e estadual estavam presentes e apontaram a importância da economia criativa e da indústria de confecção para o estado além de falarem da importância de incentivar iniciativas para este setor, como fazem com o DFB. Em Fortaleza, onde é realizado o DFB, 63% da população está na faixa dos 0 aos 30 anos, o que explica a efervescência criativa e o talento presente na cidade.

Já à noite, aconteceu o final do concurso Comunidade Moda, reality show que mostra novos talentos cearenses da moda e transmitido pela TV Cidade. Em seguida, aconteceram os desfiles, entre eles o do Babado Coletivo, Wagner Kallieno e Almerinda Maria.

Babado Coletivo. Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedrosa e Pedro Brago

Babado Coletivo. Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedrosa e Pedro Brago

O Babado Coletivo é um grande coletivo de artistas de moda. O desfile no DFB foi contemporâneo e empoderador. O Coletivo afirmou a moda enquanto um campo de luta e protesto. Com uma paleta de cores e modelagens que demonstravam a evolução do feminino desde o ideal delicado até uma voz de luta, o Babado Coletivo materializou uma mensagem forte e necessária. Ao som de Elza Soares e Karol Conka, a pauta feminista encontrou a moda no DFB.

Wagner Kallieno. Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedrosa e Pedro Brago

Wagner Kallieno. Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedrosa e Pedro Brago

Indo em direção oposta ao que já apresentou na sua carreira, Wagner Kallieno usou a atual conjuntura política e social para basear a coleção. Inspirando-se em guerra e caos, Kallieno utilizou estética esportiva. Tons escuros, de pretos, azuis, vermelho e verde misturaram-se com transparências, balanceados com frases e estampas florais em prol da continuidade de sonhar com um mundo melhor.

Por fim, Almerinda Maria trouxe novamente para as passarelas todo o talento que tem para o trabalho manual de alta qualidade com rendas, sua marca registrada. Com uma cartela de cores claras, tons de off-white, azuis, amarelos e marrons, a presença de vestidos e saias longas foi marcante no desfile.

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