A inesperada entrada de Alessandro Michele na direção criativa da Gucci não só fez a alegria dos críticos de moda, como também a dos empresários da marca. Com a repaginada radical que Michele imprimiu à marca italiana, ela rapidamente ganhou espaço entre as mais cobiçadas da estação e isto, é claro, resultou em bons números.
O grupo Kering – holding que administra a Gucci e outras labels de luxo – anunciou que a marca começou o ano de maneira conturbada, apresentando os números trimestrais mais fracos em mais de cinco anos. A explicação era de que a Gucci passava por um momento de mudanças. E foram para melhor.

Bastou Michele assumir a direção criativa para os números decolarem. Segundo a Bloomberg, o faturamento da primeira metade de 2015 representou o primeiro aumento de vendas da marca em dois anos. Os dados superaram todos os valores estimados por analistas. Comparadas a 2014, as vendas do segundo trimestre aumentaram 4,6%, contrariando a previsão de um decréscimo de 3,2%. Nas lojas europeias, as vendas aumentaram mais 13%; nas japonesas, 19%.
O curioso dessa situação é que a linha feita inteiramente por Michele ainda não entrou nas lojas. Mas o fato é que ele transformou a imagem da marca para o público. O que era sensual e luxuoso, agora é jovem e retrô. E parece que agora é exatamente isso o que todo mundo quer.