Referência é o ponto de partida de qualquer projeto. A senha de acesso para o repertório da cultura. E é pela extensão desse repertório que se mede o potencial criativo. Ou seja, quanto mais referência melhor.

Na moda — em que a reverência ao novo é razão de movimento de todo o sistema —, colocar a criatividade para funcionar significa entender o que aconteceu antes e o que acontece agora, ao redor. É preciso estar ciente da história e em dia com o próprio tempo para ser verdadeiramente inovador.

Atualmente, designers de moda trabalham para atender hábitos de consumo complexos, de maneira que oferecer uma novidade genuína é desafio de gigantes. Com mais opções e acessibilidade, o público pode se dar ao luxo de ser crítico, rejeitando designs superficiais e derivados.

Escolas de moda de tradição como a Central Saint Martins, em Londres, entendem que o estudo das referências históricas é o princípio da educação de moda e da criação de algo relevante.

Devido à natureza prontamente disponível das informações online, a moda tem procurado por talentos com habilidades de pesquisa sofisticadas, capazes de desenterrar e decodificar referências culturais únicas e então, inovadoras.

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