Depois de cruzar estações passadas como protagonista, incorporada às coleções do jeito que veio ao mundo, a curva que mede a presença da renda na moda atual permanece ascendente. A diferença esta nas transformações pelas quais ela passa ou causa. No primeiro caso modificada por uma série de fatores, no segundo deixando de ser ela mesma para encaminhar o aspecto característico a outras técnicas e superfícies. É o caso das duas propostas acima, em que a renda é reproduzida como estampa sobre a malha na coleção Chloé, e transformada em recortes vazados (não tecido) na coleção Marios Schwab.

Aqui muda o desenho na Preen, que é bastante esgarçado, com florais definidos por linhas e acrescidos de alguns apliques. Na Dolce & Gabbana uma boa sacada por conta do fio prateado e também do enriquecimento com apliques e rebordados. Para a Erdem é a cor o agente transformador.

Nestes dois casos a renda é uma referência, com efeito pesado na Chloé, configurando uma opção invernal, e com o desenho floral típico ampliado sobre transparência ultra moderna na coleção Christopher Kane. De um jeito ou de outro a renda não sai de cena, é transformada e enriquecida equanto o mercado se aproveita um pouco mais da sua aparência singular e do forte apelo que ela exerce sobre o imaginário feminino.

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