Saint Martins, Louise Wilson e a experiência inglesa com o ensino de moda

Saint Martins, Louise Wilson e a experiência inglesa com o ensino de moda

19 de fevereiro de 2015 Moda 0

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Louise Wilson ajudou a construir a reputação da Central Saint Martins, em Londres, exercendo um comando firme como diretora de cursos entre 1992 e 2014.Passou pelas mãos dela a maioria dos criadores que hoje faz da cena londrina uma das mais efervescentes e criativas no circuito global da moda. Entre eles estão Jonathan Saunders, Christopher Kane, Marios Schwab, Peter Jensen, Richard Nicoll, Christopher Shannon e Sophia Kokosalaki. Alexander McQueen também foi aluno de Louise Wilson.

O legado dela dá uma dimensão da importância de um bom professor de moda em uma instituição. Wilson tem influência direta sobre a moda que é produzida hoje na Inglaterra e no mundo. Vários ex-alunos dela tem projeção internacional ou trabalham para grandes marcas ao redor do planeta. Todos reconhecem a influência da educadora sobre o trabalho e a carreira deles.

Ela faleceu em maio de 2014 e deixou um vácuo difícil de preencher, pelo menos até a entrada de Fabio Piras, outro ex aluno da Central Saint Martins. De origem suíça, ele contabilizava duas décadas de experiência de mercado, cinco anos como diretor criativo da Brioni e intensa atividade como consultor antes de assumir o cargo, em agosto do ano passado.Piras vai ganhando espaço em um cargo complicado, marcado pela onipresente figura de Louise Wilson.

As atenções voltam a recair sobre o desempenho dele com o desfile na London Fashion Week, marcado para 20 de setembro. Quinze coleções serão mostradas lá, Os alunos, trabalhando individualmente e em equipes, vão passar pela mesma experiência de uma marca de moda profissional. E isso significa altas doses de pressão sobre estes iniciantes na arena da moda. Quando se trata da Central Saint Martins, há sempre a expectativa que saia de lá um novo McQueen.

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Veja uma recente declaração de Fabio Piras para o Business of Fashion:

“A lição que qualquer pessoa pode aprender a partir de Londres desde os anos noventa, é que jovens talentos são tudo para a moda. Eles a mantém vibrante e isso é crucial para o futuro das indústrias do setor. O apoio aos novos talentos não é apenas uma questão de investimento financeiro, ele não pode ser de curto prazo ou uma questão de oportunidades pontuais. Esse apoio tem de ser comprometido, rigoroso, estruturado e projetado para o futuro a médio ou a longo prazo concorrendo para trazer à realidade uma identidade criativa madura, de modo que, provavelmente, ela possa durar.”

Este tipo de percepção não é exclusividade de Wilson ou Piras, muito menos da Central Saint Martins. A diferença é que lá dá resultados incontestáveis e é este o ponto que dá o que pensar.

Imagens; Trabalhos de alunos da Central Saint Martins. Reprodução.

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