“Sounding the Body Electric”: relações entre imagem e musica
Calvert 22 Foundation, em Londres, encerra este mês uma exposição que aborda a aplicação antecipada da tecnologia no cruzamento entre imagem e música no período que vai de 1957 e 1984 nos países do Leste Europeu. Os curadores David Crowley e Daniel Muzyczuk contam essa história desdobrada em performances, filmes, instalações e proposições espaciais. O norte americano John Cage é a figura mais influente para muitos dos artistas que transitaram por este terreno. Outros artistas do Grupo Fluxus, que defendia a intermediação entre as áreas e uma nova concepção de estética social e experiencial, também são revisitados na mostra.
O trabalho Destroyed Music (1963 a 1979) do artista tcheco Milan Knizak, é composto de discos de vinil que foram submetidos a certo grau de destruição. Quando tocados, eles apresentavam sons transformados por estes processos de interferência e de destruição. Uma antecipação das técnicas usadas hoje por qualquer DJ.
Sobre John Cage- Cage foi um pioneiro da música aleatória e eletroacústica, do uso de instrumentos não convencionais e também do uso não convencional de instrumentos convencionais. Uma das obras mais conhecida dele é 4,33, de 1952. Ao apresenta-la, os músicos não tocam nada durante o tempo especificado no título da peça. Apenas permanecem quietos, por esse tempo, diante do instrumento. O conteúdo da composição não é quatro minutos e trinta e três segundos de silêncio, como se poderia supor, mas sim de sons do ambiente ouvidos pelo público durante a audição.
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