LAB | Agência Fotosite/Divulgação

Em simultaneidade com as Incertezas Vivas da Bienal, que ocupam o prédio do Niemeyer, os desfiles espalham-se pelo parque do Ibirapuera e outros locais da capital paulista. Mudar é altamente recomendado para a moda, como se sabe, e a SPFW vai fazendo a sua parte. Transforma-se ao incorporar novos espaços e fechar acordo com os trânsitos de toda ordem ao adicionar o prefixo trans ao nome da edição atual.

A SPFW também reafirma a eterna transitoriedades das marcas aspirantes a ocupar um lugar no  pódio.  Dessa vez é a LAB do rapper Emicida  e seu irmão Evandro Fiotti. Replicante nacional da onda que conduziu Kanye West ao line-up da NYFW, a marca brasileira se sai melhor que a Yeezy ao fazer a escolha inteligente. Emicida pode ser o o mestre de cerimônias, mas quem entende de roupa e estilos é o talentoso, hábil, sensível e competente João Pimenta. Com perdão dos muitos adjetivos, mas o João é mesmo da melhor qualidade e merece todos eles.

Ainda está cedo para dizer o que será esta edição. Mas passaram muito bem a Animale, a Patricia Vieira e principalmente a marca À La Garçonne. Onde tem Herchcovitch tem coisa. Todo mundo sabe disso. E tem de sobra nesta coleção que enquadra cacos preciosos de mil trends globais.

Nos registros rápidos e não menos memoráveis deste primeiros dias, guardo espaço para a modelo trans da hora, a cearense Valentina Sampaio, linda de reduzir a pó as velhas categorias de gênero, e a sensacional cobertura low-tech de uma das melhores jornalistas de moda do país. Iesa Rodrigues diverte e informa com vídeos ao vivo sem nenhuma pompa e recheados dos melhores reviews. Iesa é gente que entende do assunto. E isso tá ficando raro, não é?