Tokujin Yoshioka e os processos naturais
Transitando entre a arte e o design, Tokujin Yoshioka é fascinado por processos naturais e estruturas orgânicas. A atual exibição dele, ‘‘Crystallize’’, no Museum for Contemporary Art, em Tokio, no Japão é mais um capítulo desta paixão.
Ele dá formas a fenômenos invisíveis, como a formação de cristais e à maneira como a luz interage com prismas e espaços, em esculturas e instalações de grandes dimensões.
Ao mergulhar nestes eventos naturais e torna-los visíveis, Yoshioka não pretende ser um cientista que desvenda um fenômeno, nem um mimetizador de processos morfogênicos, apenas reproduzindo sua beleza oculta. Embora isto aconteça, e de forma espetacular, particularmente nesta mostra, ele persegue uma ascese da forma para oferecer ao espectador algo como a pureza e a atemporalidade de uma experiência religiosa propiciada pela natureza.
Ele literalmente “cultiva” cada trabalho. Entre outras situações, ele expõe cristais em plena formação dentro do museu e submete estruturas cristalinas ao contato com música registrando a forma como elas se desenvolvem a partir daí.
Nem sempre ele é assim, grandioso. Quem não se lembra da vitrine da Hermés que se resumia a um dos célebres lenços da marca, suspenso no vazio e movimentado por um sutil jato de ar?
Fotos: © MOT / Museum of Contemporary Art Tokyo.
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