Topman e outras coisas mais
Esta é a coleção desfilada pela Topman, na última semana de Londres. Batizada de Berlin Boys, ela tem o mérito de estabelecer uma silhueta interessante o suficiente para não se parecer com as outras, e de não se perder na tentativa disso. Só peças clássicas, entre ternos completos, camisaria e cardigans, com boa distribuição de folgas e comprimentos encurtados na dose certa.
A receita cheira a vintage, mas também não se afunda no passado. E segue em frente assim, bem balanceada e comercial, para se posicionar como uma das boas coisas que passaram pela semana inglesa.
Por trás deste cenário de calma, e graça de quase adolescente, está o bilionário Philip Green. Na constelação de empresas e marcas que ele controla, a Topshop e a Topman são apenas uma parte vistosa, exibida nos desfiles de Londres. Por sinal, também patrocinados por ele. Nem vamos nos alongar pela lista de elos desta corrente. Para muitos, ele é uma espécie de dono do mercado inglês, colonizando negócios, e junto com eles as decisões em áreas estratégicas. Não se pode fazer bilhões de libras sem fazer inimigos, e Green, que não tem o mesmo saldo quando a moeda é discrição têm muitos deles. Os ingleses torcem o nariz, mas contabilizam os lucros
Ele é dono da Topshop/Topman, BHS, Burton, Dorothy Perkins, Evans, Miss Selfridge e Wallis. Em janeiro ganhou um premio da Federação Nacional do Varejo nos Estados Unidos.
Este post era para falar só da coleção mas, o recente incidente com o Galliano, do qual o público desconhecia o lado B, anda me aguçando a vontade de saber mais sobre quem são as pessoas por trás da moda.
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