Depois de se encontrar inesperadamente presa em Taiwan devido às restrições de viagem da pandemia, a artista Zhong Lin decidiu começar a fotografar e publicar uma imagem original em seu Instagram todos os dias.

Sem galerias, museus ou páginas de revista, o trabalho de Lin se tornou um registro do surrealismo cotidiano. Cada imagem, uma descoberta absurda do que nos cerca.

É importante observar como um artista se adapta a uma nova condição da realidade fazendo dela matéria para a criação — e grande parte do que Zhong Li experimentou pode estar relacionado ao conceito de adaptabilidade, frequentemente usado no ambiente dos negócios.

A capacidade de se adaptar a situações diferentes é defendida como um imperativo para que indivíduos e grupos sobrevivam nesse ambiente. A pandemia, por exemplo, exigiu enorme capacidade de adaptação de profissionais e empreendedores, impulsionando a necessidade — e a defesa — de qualidades relacionadas ao adaptável.

De fato, estamos em uma época que exige imensa adaptabilidade diante da velocidade das mudanças dos formatos e das estratégias de negócios, fortemente impactados por circunstâncias econômicas, socioculturais e ambientais.

Mas é importante lembrar que a capacidade de se adaptar não pode ser atribuída apenas a indivíduos e grupos. É responsabilidade dos gestores políticos garantir um ambiente saudável para os negócios. Capacidade de adaptação não é apenas uma questão individual: ela depende do estrutural. Cobre de si mesmo, cobre da equipe, mas cobre também daqueles que representam a sociedade.

A adaptabilidade é também uma questão coletiva e política.