Vitorino Campos e o dilema moda global X assinatura própria
Conectado com o tempo presente e hábil na manipulação de imagens de moda que traduzem isso, o baiano Vitorino Campos passou afiado pelo segundo dia da SPFW. É uma daquelas apresentações em que tudo parece estar no lugar certo na hora certa. Sensação que vem das proporções bem resolvidas, da cartela de cores, das relações entre as peças e dos efeitos 3D nas matérias primas. Antes de tudo, a certeza de que ele fez as opções corretas para seu atual projeto vem dessa orquestração bem feita de muitos elementos que parecem estar no ar, pairando sobre a moda global e prestes a desabar sobre o corpo de milhões de garotas around the world.
Neste trabalho, mesmo que involuntariamente, Vitorino representa a evolução de um histórico de designers brasileiros excessivamente voltados para o que acontece na moda internacional. Olhando para a coleção, é tão indiscutível que ele está de olho na cena global, como é inegável que ele conseguiu criar uma visão particular, estabelecendo um ótimo nível de expressão a partir do que viu. E isto sem deixar de lado o próprio repertório. Não é pouco e é de se comemorar.
Imagens: Agencia Fotosite
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