Volumes em alta voltagem em Paris

Volumes em alta voltagem em Paris

14 de março de 2017 Calendário, Moda, No Radar 0
Comme Des Garçons

Comme Des Garçons

Enquanto Milão determina a superfície da moda, ou seus aspectos imediatos, Paris opera nos seus fundamentos e estruturas.

Em sintonia com esta escola e reforçando este histórico, duas linhas de influência devem comandar os rumos da moda que vem por aí. O sinal foi dado ao longo dos dias de desfiles.

Estamos falando das exposições dedicadas a obra do espanhol  Balenciaga – Museu Bourdelle em Paris  e Victoria & Albert em Londres – e da mega operação montada pelo MET em NY para exibir a extraordinária Comme des Garçons, de alma japonesa na origem.

Mestre da construção e dos volumes, o espanhol ainda espalha sua influência. A semana francesa não deixa dúvidas quanto a isso. A entrada de Gvasalia, da Vetements, no comando da casa rendeu uma química particular, ampliou e rejuvenesceu essa influência com os básicos extraordinários introduzidos pelo novo diretor criativo.

À sombra dos volumes da Comme des Graçons, da Balenciaga original e contaminada pela irreverencia de Gvasalia, capaz de transformar streetwear em couture, o saldo de Paris reúne a sofisticação habitual com o casual mais refinado e abusado das últimas estações.

comme

Não são poucas as marcas que desfilaram em Paris que exploraram aqui e ali ou em boa parte da coleção uma moda que se projeta do corpo e aumenta as medidas na modelagem. Mas esta é uma observação que resulta da necessidade encontrar linhas gerais em um mar de diversidade. É pertinente, mas não abarca tudo que rolou por lá.

Complementando, selecionamos algumas marcas fortes, resumimos a proposta delas ao mínimo de palavras e deixamos que as imagens falem por si.

Divirtam-se.

Dior

A tentativa de Maria Grazia Chiuri de deixar tudo azul na Dior não foi recebida exatamente  como ela queria. Sob críticas, agora é ver como a coleção se sai nas lojas.

Martin Margiela

Galliano tem levado a construção de cada coleção a um nível extremo de experimentação. E ele sustenta o lugar incomum da Margiela no universo da moda sem sinal de debilidade.  Isso ninguém pode negar.

Louis Vuitton

Ghesquiére segue imprimindo uma poderosa e bem sucedida receita de roupa prática à tradição da Vuitton. Mas há sempre um espírito sugestivamente indomado por trás da fórmula.

Dries Van Noten

Não é de hoje que ele mistura estampas como todos  querem fazer. A coleção é um espetáculo visual e uma tentação para o tato. Cores e texturas de encher os olhos  e as mãos em remix exuberante da própria obra.

Sacai

Na Sacai é tudo uma questão de transformar o familiar, em algo desconhecido, incomum. Tem sido este o impulso do trabalho de Chirose Abe, e é o que tem conduzido a marca a ótimos lugares .

Fenty Puma

Rihanna conduz a evolução da marca para regiões bem menos comportadas. Oxigena o esportivo  com peças amplas do streetwear, reconfiguradas, ressignificadas.  Puro desejo para uma nova geração.

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