Quem ficou com o Pritzker Prize de Arquitetura em 2012 foi o chinês Wang Shu de 49 anos. Com a honraria, Shu foi equiparado a Frank Gehry, Tadao Ando, Renzo Piano e Eduardo Souto de Moura, premiados em outras edições.

O Pritzker, criado pela família americana de mesmo nome é uma espécie de Nobel da arquitetura. Os Pritzkers são de Chicago, tem tradição no apoio à cultura e outras áreas incluindo a pesquisa científica. Wang Shu, conhecido na China por assinar inúmeros projetos de museus, bibliotecas e prédios residenciais é uma estrela em ascensão aos olhos do ocidente. O enorme canteiro de obras em que se transformou o país asiático na última década alavancou sua projeção mundial, ampliada por feitos memoráveis na área de reutilização de matérias primas e pela observação da cultura local. Dois milhões de telhas de casas tradicionais demolidas viraram teto do projeto do Campus Universitário em XingShan, e o que definiu um projeto subterrâneo para uma biblioteca foram tradições locais que afirmavam que prédios construídos entre a água e montanha não poderiam ser proeminentes. Shu abriu o escritório Amateur Architecture Studio com sua mulher, Lu Wenyu em 1997. A entrega do prêmio, de cem mil dólares, será no dia 25 de maio em Pequim.

O prédio que aparece nas imagens é o Ningbo History Museum, construído entre 2003 e 2008 em Ningbo.

A concepção do projeto se baseou na reutilização de pedras e tijolos artesanais de construções demolidas, produzindo uma impressionante mistura entre diversos tipos de tijolos, pedras e concreto. O estudo da arquitetura vernacular chinesa foi determinante para a realização.

Imagens: cortesia Hyatt  Foundation