Na internet e nos meios de comunicação, o assunto da semana no Brasil e nos EUA é a Black Friday. O termo foi criado pelo varejo norte americano para o dia que sucede Ação de Graças nos EUA, em que as lojas oferecem grandes descontos em seus produtos. É quando milhares de pessoas vão às lojas, fazendo deste um dos dias que mais movimenta a economia americana. Os números chegam a absurdos US$816 milhões de dólares. É o ápice do consumo compulsivo. Paco Underhill, fundador da Envirosell, falou ao WWD que a Black Friday é como uma caça ao tesouro e os compradores adoram esse jogo de comprar muito e gastar pouco. Um empilhamento de produtos e pessoas nos centros de compras e no mundo virtual é esperado logo após o término do tradicional jantar de Ação de Graças.

No Brasil a movimentação é limitada ao e-commerce, e é o dia com mais vendas online no país. Em relação a sua segunda edição em 2011, este ano mais de 300 estabelecimentos oferecerão descontos de até 90% nos seus produtos. Expectativas de mercado indicam que somente este dia deverá movimentar algo em torno de R$ 135 milhões.

Apesar da grande expectativa, muitos internautas se manifestaram contra o dia no Brasil, alguns defendendo que o evento não tem lógica no país, visto que o objetivo dele nos EUA é liquidar o que não foi vendido nas compras de Ações de Graça, preparando o comércio para as compras de Natal. Liquidação equivalente acontece no Brasil geralmente em Janeiro com os produtos que sobraram das compras natalinas, já que não comemoramos o feriado de Ação de Graças. Entretanto, o que mais tem ganhado destaque, são os consumidores que alertam as pessoas para o fato de que, na verdade, o dia não oferece grandes descontos, visto que as lojas aumentam os preços para forjar descontos e enganar o consumidor.

Uma coisa é certa, em tempos de consumo excessivo e obsolescência programada dos produtos, o consumidor tem que estar atento e usar o bom senso para aproveitar da melhor maneira possível essa caça ao tesouro moderna.

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