De olho na China

De olho na China

17 de agosto de 2012 Opinião 0

No Brasil, desconfiamos do produto de origem chinesa. Nos iludimos, entretanto, com a idéia de que tudo que provém do país asiático é feio, mal feito, barato, inferior. Esta é uma visão que atende nosso desejo de responsabilizar um concorrente poderoso por todos os males do mercado nacional. Uma pesquisa feita pelo trendwatching.com enterra de vez essa idéia e desenha um perfil bastante diferente daquele país. Gostemos ou não, hoje a China é muito mais do que nos parece.

De acordo com a pesquisa “já existe uma avalanche de marcas chinesas atendendo a um mercado interno grande e sofisticado e competindo com (e até mesmo superando) marcas estabelecidas do mundo todo.”

Estatísticas levantadas pela pesquisa mostram que, devido ao fato de que a renda familiar urbana deve dobrar entre 2010 e 2020 e que, até o mesmo ano o número de famílias com renda anual acima de USD 16.000 deve chegar a quase 400 milhões de pessoas, o país passa por um enorme boom de consumo urbano, levando cada vez mais chineses para as grandes cidades.

Com isso, “As marcas chinesas estão atendendo consumidores exigentes no mercado interno e, cada vez mais, no exterior. Incluindo no seu mercado”. Avisa a pesquisa.

Outro fator importante é que o mercado de luxo chinês não está mais apenas gastando com marcas ocidentais, e os produtos e serviços de luxo from China estão ganhando força internamente.

 Observadores de todo o mundo estão com os olhos voltados para a China, cientes de que o país pode vir a definir a cultura e o comportamento do consumidor em um  futuro muito próximo. Um consumidor que não tem nada a ver com aquele que procura a lojinha de 1,99. Com marcas chinesas exportando qualidade para o mundo, melhor se preparar de outra forma e deixar a velha visão de lado.

Se o aumento das marcas chinesas no mercado global não decreta o fim de marcas tradicionais das economias ocidentais é certo que o mercado deve ficar mais competitivo em um nicho que até então não era de domínio delas. O que, para os concorrentes, vai significar trabalhar mais e de forma ainda mais inteligente.

 

Você pode ler a pesquisa completa clicando aqui.

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ramonsteffen:

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