Denim: The Fashion Frontier

Denim: The Fashion Frontier

9 de novembro de 2015 Calendário, Moda, No Radar 0
denim the fashion frontier

Junya Watanabe, Spring 02. Foto: William Palmer

Dizem por aí que jeans é o que há de mais democrático na moda. Sempre nas ruas e a cada temporada mais presente nas passarelas, agora é a vez do tecido ganhar espaço no FIT Museum. Na exposição “Denim: The Fashion Frontier”, a curadoria de Emma McClendon traça a história do jeans, desde seu surgimento como workwear até as passarelas de haute couture.
Mais de 70 peças datando desde o século XIX estarão em exposição, iniciada – como não poderia deixar de ser – pela histórica calça 501 de Levi Strauss & Co, um dos primeiros desenhos de calça jeans cujo modelo reproduzimos até hoje. A narrativa cronológica começa mostrando o denim como sinônimo de um tecido resistente, com peças de workwear do século XIX, tanto femininas quanto masculinas, bem como uniformes de prisão e navais, datados do início do século XX.
Ficam claras as mudanças culturais associadas à significação do jeans ao longo da exposição. Seguindo a cronologia, a mostra passa pelo período entreguerras, no qual o denim passa a ser associado com leisure wear e com o estilo western, impulsionado pela cultura americana. A seguir podemos ver o tradicional jumpsuit jeans feminino do período da Segunda Guerra, imortalizado pela figura de “Rosie the Riveter”.
A exposição passa a voltar-se para um novo momento. Nos anos 50, o jeans ganha status de rebeldia, com as biker gangs. Jaquetas e calças jeans eram motivo de desconforto para o cidadão comum. A movimentação gerou ainda mais popularidade para o jeans e os jovens passaram a ser atraídos pelo controverso tecido. Foi assim que ele tornou-se um dos símbolos do movimento hippie de contracultura. Calças boca-de-sino, peças com patches e bordados são expostas para traduzir o período cultural. Para ilustrar a passagem da contracultura para o mainstream entra em cena um short jeans estampado com uma fotografia do maior evento hippie, o Woodstock .
A partir desse momento o denim passa a fazer parte da coleção de grandes marcas e aparece pela primeira vez nas passarelas para a Calvin Klein. Ainda assim, não deixa de estar nas ruas e de fazer parte de diversas movimentações culturais, como o hip-hop. Nomes como Ralph Lauren, Roberto Cavalli, Jean Paul Gaultier assinam o acervo de peças que ajudaram a transformar o jeans em elemento de luxo na moda.
A seção final da exposição dialoga com designers que experimentaram com o tecido como um discurso de desconstrução pós-moderna. Exemplares de Junya Watanabe e EDUN ilustram o momento. A exposição também incluirá peças de coleções recentes de 2014 e 2015 pois, como o próprio museu declara, houve um “ressurgimento dramático do jeans nas passarelas ao redor do mundo”. O FIT Museum adquiriu novas peças de Dries Van Noten, Chloé, Sacai e Rag & Bone.

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