Depois do luxo, H&M quer a vanguarda e fecha com a Margiela

Depois do luxo, H&M quer a vanguarda e fecha com a Margiela

24 de junho de 2012 Moda, Opinião 0

A nova parceria da H &M não é com uma marca de luxo interessada em ampliar público incursionando pelo fast fashion, nem tampouco é a cadeia sueca de moda rápida se banhando nas águas do luxo para elevar o valor da própria marca. Ao anunciar que o próximo convidado a desenhar uma coleção é a Martin Margiela, a H&M mira no nicho mais protegido e assumidamente experimental da moda, reservado para poucos, muito poucos.

Desde 2009 a Martin Margiela é desenhada por um grupo de criadores, e não mais pelo fundador, originalmente um dos integrantes da lista de designers belgas que inclui Dries Van Note e Veronique Branquinho entre outros. Margiela foi sempre o mais complexo deles, com um trabalho muito próximo do universo da arte e ele mesmo avesso à superexposição que caracteriza o ambiente fashion. 

O resultado da parceria, previsto para 15 de novembro, vai chegar a 230 lojas espalhadas pelo mundo e à venda on line, e já é assunto da hora, previsívelmente cercado de expectativas. A Comme des Garçons, outra marca “difícil” jå colaborou com a H&M, mas tem algo de pop no trabalho de Kawakubo que não tem na Margiela. É natural que todos queiram saber o que vai render essa parceria entre frentes tão opostas da moda que, no passado recente, mantinham-se distantes uma da outra e agora passam convergir de maneira cada vez mais frequente. Depois do selo do luxo (parcerias com Versace, Lanvin etc) chegou a vez de consolidar o selo de vanguarda. É esperar para ver.

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