Em Milão, viajar é preciso

Em Milão, viajar é preciso

28 de junho de 2016 Moda, Opinião 0
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MSGM

Não é possível pensar Milão em meios termos. Em um mercado como o masculino, que tem se dividido em nichos muito bem definidos, cada cidade dá o tom das suas propostas. Neste processo cabe a Milão, em essência, o espaço da roupa fácil e comercial, sem grandes apelos criativos. Como bem colocado em artigo do BOF, a semana de Milão representa “roupas que não merecem estar na passarela, mas que venderão facilmente”.  Não que a moda apresentada por lá limite-se a isto, há marcas boas e criativas em Milão sim, entretanto, a presença delas tem encolhido a cada estação. Encolhido a um ponto que se não fosse por Gucci e Prada, talvez este espaço se esvaziasse de vez.

E mesmo para Gucci e Prada, no que diz respeito a novas propostas, grande parte do mérito criativo fica por conta de um bom styling de passarela. Tomando a Prada como exemplo, o desfile trazia tanto homens quanto mulheres como viajantes que levam seu mundo nas mochilas. O resultado enchia os olhos em meio a camadas e combinações visualmente impactantes. Mas, se separadas do conjunto, reduzem-se em várias peças de apelo esportivo, que se encaixam perfeitamente entre as propostas comerciais de Milão, dominadas pela temática de viajantes, como o safári urbano da Ferragamo ou o balneário da Fendi. Até mesmo Gucci viajou. Inspirado pelo tema de jornadas, Michele misturou sua já característica estética com japonismos, Pato Donald e temas navais.

Das novas marcas a entrarem para o line-up de Milão nas últimas temporadas, a MSGM misturou elementos pop, proporções e cores em um bonito resultado visual dado pelo styling. Damir Doma, Miaoran, Strateas Carlucci e County of Milan, misturaram gêneros e alongaram proporções enquanto Moto Guo estendeu ombros em propostas divertidas e coloridas.

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