Guerrilla Girls

Guerrilla Girls

17 de agosto de 2016 Arte 0

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Entre 1984 e 1985, o MoMa promoveu a exposição “International Survey of Recent Paiting and Sculpture” com a intenção de reunir os mais importantes artistas do momento. Entre os 169 artistas participantes, apenas 13 eram mulheres. Na seção internacional não havia nenhum artista negro.

A falta de mulheres no meio artístico não era nenhuma novidade, mas a exposição foi a confirmação que muitas precisavam para tomar uma atitude. As Guerilla Girls foram o resultado. Um grupo de mulheres anônimas uniu-se para protestar contra a invisibilidade das artistas. Elas começaram com atos em frente ao MoMA e logo passaram a produzir provocativos cartazes e espalhá-los pela cidade. Seus alvos principais eram as galerias que não incluíam artistas mulheres e os homens que nelas aceitavam expor. Assinando seus cartazes como “the conscience of the art world”, elas tornaram-se difíceis de serem ignoradas.

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O grupo começou a ser procurado para colaborar com museus e galerias. Elas fizeram a curadoria de uma exposição no Palladium, em Nova York, que incluí obras de 85 mulheres, trazendo a presença feminina para um espaço historicamente dominado por homens. Ainda assim, elas mantinham-se dialogando com as ruas através de seus cartazes bem-humorados – mas que levantavam questões relevantes. O grupo adotou máscara de gorilas para manter o anonimato, o que dava maior liberdade, excluía o fator da aparência e protegia seus trabalhos pessoais como artistas.

Mais de 30 anos depois, o grupo continua atuante, com diferentes membros (imaginamos), mas ainda lutando pelo espaço da mulher nas artes, além de incluir pautas como a representação de artistas negros. Desde 1985, as Guerilla Girls promoveram cerca de 240 exposições pelo mundo, tiveram livros publicados e tornaram-se figuras frequentes na mídia. Mas o caminho para a igualdade de gênero é longo – talvez interminável – e prova disso é um trabalho recente do coletivo que compara a participação feminina nas galerias em 1985 e atualmente. E os resultados não são animadores.

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Vida longa às Guerillas Girls!

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