O desfile que abriu ontem o Minas Trend Preview  é também uma orientação dos estilos que irão vigorar na temporada , e foi concebido, nesta edição e nas anteriores, como uma colagem, montado a partir de peças de marcas diferentes. Tem o mérito de unir o que dificilmente se juntaria, não fosse este “acaso controlado”, disparado pela direção inicial do Ronaldo Fraga e finalizado pelo styling do Daniel Ueda. Pelo menos teoricamente, o procedimento é uma forma de  dar potência a idéias isoladas em um experimento coletivo. A imagem acima é da ambientação que antecedia a sala de desfile.

Cores escuras e texturas estão na linha de frente, a julgar pelo que cruzou a passarela. Uma mistura improvável de pré-histórico e romantismo dark, com presença maciça de peles, couros, rendas negras e transparências ricamente bordadas. Senti falta de silhuetas retrôs no saldo final dessa abertura/desfile, que homenageou os 35 anos do grupo Corpo e encerrou a noite em clima de salão de dança, com dezenas de casais arriscando passos na passarela sob os aplausos emocionados da platéia.

Depois da festa, hoje é tarde de negócios com mais desfiles à noite. Entre eles o do Rogério Lima com a Cavalera e o da Mary Design, que nos enviou essa imagem como aperitivo da coleção baseada, toda ela, na arte popular brasileira.