Porcelana Vista Alegre: entre o passado e o presente

Porcelana Vista Alegre: entre o passado e o presente

15 de julho de 2013 Design 0

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A marca de porcelana Vista Alegre nasceu em 1815, quando o português Pinto Basto decidiu criar uma fábrica e comprou a Quinta da Ermida, perto da vila de Ílhavo, região rica nos elementos naturais necessários para fazer vidros e porcelanas. O alvará de funcionamento foi assinado em 1824 por D. João VI. Ao longo dos dois últimos séculos a Vista Alegre tornou-se uma espécie de ícone cultural português. Não há casamento em que os noivos não ganhem um exemplar e a parceria com artistas e designers, além da técnica refinada, cuidou de estabelecer um prestígio internacional que permanece sólido até hoje. Na linha clássica, estão lá os azuis cantoneses, que migraram da China, passaram por Portugal antes mesmo da Vista Alegre, e aterrissaram inclusive no barroco do Brasil.

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Uma infinidade de peças com trabalhos que preservam os motivos decorativos imperiais fazem enorme sucesso até hoje. Esta é parte de uma série com o brasão de D João VI.

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Mas a Vista Alegre também tem uma parte da produção destinada ao moderno e ao contemporâneo. O conjunto de xícaras chama-se Heterônimos e homenageia Fernando Pessoa. O bule com cena carioca integra linha chamada Alma do Rio de Janeiro.

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Recentemente, quem esteve por lá fazendo uma residência, foi o designer brasileiro Bruno Jahara.  Além de incorporar as técnicas locais, ele aproveitou para estabelecer linguagem própria, misturando aos motivos náuticos notas sobre a violência urbana no Brasil. A tradicionalíssima Vista alegre aceitou bem a transgressão e as peças desenhadas por Jahara, com direito a armas misturadas aos motivos decorativos, entraram no catálogo da marca.

As imagens são do catálogo da Vista Alegre. com exceção do trabalho de Jahara, clicado pelo yatzer.com

 

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eduardo:

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