No final da década de 1920, o Mario de Andrade iniciou uma viagem pelo Nordeste brasileiro  que moldaria a forma como o Brasil vê a si mesmo. Foi uma das primeiras vezes  que um intelectual olhava para as expressões  populares, incluindo bordados, rendas, canções e culinária com olhar etnográfico, impregnado de admiração e desprovido da noção de exotismo ou de hierarquia cultural. É esta nota que o Ronaldo Fraga assume, a mesma na verdade em que ele, um realizador de moda debruçado sobre a cultura popular, opera. Vem daí o nome da coleção o Turista Aprendiz, e vem daí a beleza que seqüestrou o interesse do estilista, impondo-se sobre o estranhamento usual. O saldo deste escambo foi uma das coleções mais bonitas que ele já fez.