Tilda Swinton, dona de um corpo sem a abundância que a grande mídia gosta, é do tipo que monopoliza as atenções  mantendo os cabelos curtos e vestindo  roupas sem excessos. Doses maciças de talento e um senso de estilo inigualável, coisas que ela tem de sobra, contribuem. Apesar do tipo magro e do figurino seco, ela nunca foi exatamente minimalista, embora de certa forma tenha reinventado o assunto e se transformado em musa do novo “menos é mais” em pleno século XXI.  Não é a toa que as fotos que fez para capa e editoria da revista Candy (a mesma que trouxe James Franco travestido no ano passado) estejam na pauta do dia. Esqueça a figura andrógina, os ternos bem cortados, os vestidos retos, Tilda reaparece exuberante e com as curvas que nunca teve, ou mostrou, posando para Xevi Muntane. Faz todo sentido. Essa Tilda super mulher cai como uma luva nessa publicação que apenas na quarta edição já é ícone da cultura trans. Candy é a primeira revista de moda totalmente dedicada a celebrar a transexualidade, o travestismo, o crossdressing e outros cruzamentos possíveis e imagináveis. Veja só o que é transformação.